quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Nandina doméstica

Nevou um pouco nesta madrugada em Fukushima e a Nandina do meu quintal ficou assim, linda.


A Nandina é muito apreciada e bastante cultivada nos jardins como uma planta ornamental, como flor de corte para arranjos, além das folhas serem utilizadas para enfeitar os pratos.
A folha contém cianeto de hidrogênio (um veneno), porém como é em pequena concentração, é utilizada nos bentôs (marmitas) como conservante dos alimentos e proporcionar um colorido ao prato. Veja a sabedoria dos antigos: na época que não existia geladeira, e como nesta época de final de ano, quando é necessário preparar muitos pratos com antecedência, utilizavam plantas para conservar ao mesmo tempo que decoravam a mesa (existem várias plantas utilizadas com esta finalidade).
Segundo Wikipedia, na era Edo acreditava-se que a Nandina protegia contra incêndios, e todas as casas plantavam um pé na frente da casa. 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Crisântemos

A foto é do dia 7 de Novembro, mas gostaria de apresentar os crisântemos cultivados nesta região.
Vejam o capricho deste agricultor.
Todo ano ele prepara este lindo jardim e coloca uma plaquinha: fiquem à vontade para estacionar no meu quintal. A casa dele é a que aparece na segunda foto, tem um jardim com arbustos e pinheiros muito bem podados.




Admiro demais a dedicação que as pessoas daqui têm pelas flores.
Isto não é apenas amor pelas flores. Isto é amor pela família, pela localidade, por Fukushima.....
É querer deixar a região mais bonita e acolhedora. 
É o carinho pela comunidade, é participação e não alienação.
Imaginem o trabalho dele, cultivar as mudas, preparar a terra, replantar, tirar o mato etc.....
Só para deixar a região florida (que dura pouco, umas duas semanas), receber as visitas, ver os carros dando uma paradinha pra fotografar ...
É fantástico não é?

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Rokkatei, Shin-Titose-Hatsu

Adoro esta estampa, é da fábrica de doces Rokkatei de Hokkaido.
E as flores são nativas da região de Tokachi, onde está a fábrica.



Este, Shin-Titose-Hatsu, é feito na loja do Aeroporto Shin-Titose.
Depois que o cliente faz o pedido é que é recheado. Isto para que a massa folhada não perca a palatabilidade absorvendo a umidade do recheio.
O recheio é feito de uma fruta nativa de Hokkaido, Lonicera caerulea, que tem um sabor azedo característico coberto de queijo cremoso e chocolate branco.
A loja sugere que o doce seja consumido dentro de 10 minutos, ou quando levar para viagem, colocar no congelador por meia hora antes de comer. Coloquei no congelador e comi geladinho, a massa estava bem sequinha e crocante e o recheio doce-acidulado e durinho, uma delícia.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Cisnes, visitantes do inverno

O Monte Azuma Kofuji já está assim, coberto de neve.

Com a chegado do inverno, os cisnes da Sibéria e do Mar Ohotsuko voam para o sul à procura de comida e um inverno não tão rigoroso.


O Rio Abukuma, dentro da cidade de Fukushima também acolhe estes visitantes e eles já começaram a chegar. Eles devem ficar por aqui até o início da primavera.

Tudo estava tranquilo, até que de repente começou uma gritaria e iniciou-se a dança do acasalamento.
Em pares começaram a bater as asas, esticar e encolher o pescoço erguendo e baixando a cabeça gritando.  Depois de um minuto ficou sereno. Daí a pouco começaram de novo a farra.

UKIYO-Ê

Já escutaram esta palavra, UKIYO-Ê?
É um estilo de estampa japonesa que floresceu no Japão entre os séculos 17 e 19 e retrata principalmente cenas do cotidiano e paisagens.

Fui no Museu de Arte de Fukushima ver a mostra de xilogravura, das obras de Utagawa Hiroshige e Katsushika Hokusai, Ukiyo-ê de paisagens.
Quem se interessar neste gênero, dê uma olhada nas páginas de Wikipedia dos links.




Estas obras eram do colecionador Harayasu Saburo as quais, só em 2005 vieram ao conhecimento público. Esta é a primeira mostra no Japão e é uma coleção tão grande que foi dividida em 2 etapas, infelizmente perdi a primeira etapa.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Daifuku de Laranja e de Shibazuke

Pro pessoal que estava sentindo falta dos doces aqui no blog...

Daifuku refere-se a um típico doce japonês com massa de feijão envolta por uma fina camada de moti (massa feita de arroz glutinoso).

E o Daifuku de hoje é da localidade de Kawamata, da casa de doces e pães GRIMM.




Olhem, tem uma laranjinha tipo tangerina inteira e creme envolta por uma camada de doce de feijão branco dentro do moti. É um doce muito macio, moderado em açúcar e muito volumoso. Dá um bom lanchinho acompanhado de chá verde.



Shibazuke refere-se a um tipo de picles (beringela e pepino) curtido com folha de shiso vermelho (Perilla frutecens), com um sabor ácido e salgadinho.
Neste Daifuku, o picles foi misturado ao doce de feijão e à camada de moti. 
O resultado ficou ótimo. Sabor de adulto.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Cogumelos gigantes

Estou adorando ir no mercadinho administrado pela cooperativa agrícola de Fukushima, o "Coco-la", pois nesta época tem uma imensidão de variedades de verduras e frutas.
Mas tem que ir cedinho, pois as novidades e os produtos que aparecem em pequenas quantidades esgotam logo.
E olhem os cogumelos que encontrei outro dia.
Este é shiitake, com quase 15 cm e mais de 200g, muito carnudo e suculento. Ficou uma delícia no sukiyaki e também refogado.


E olha o outro, de tão grande até ficou desengonçado, mas é um Pleurotus eryngii.
Apesar do tamanho não ficou fibroso. Refoguei com óleo de oliva, alho e ostra e o resultado foi interessante. O cogumelo ficou delicioso, absorvendo todo o sabor da ostra e a ostra meio sem sabor.



Antes que alguém me pergunte, já vou dizendo que o desenvolvimento exagerado não tem nada a ver com a radiação nuclear. Estes cogumelos são cultivados. Os cogumelos nativos coletados nas matas possuem alto nível de contaminação e não circulam no mercado.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Momijis de Kuroiwakokuzouson

No final de Novembro fui ver os famosos "momijis", acer ou bordo, do templo budista Kuroiwakokuzouson que fica aqui dentro da cidade de Fukushima, à beira do Rio Abukuma.
Já havia desfolhado bastante, mas mesmo assim, estava fantástico.
Vejam abaixo a variedade de cores.





quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Maçã de Fukushima

Ontem fui visitar um pomar de maçã, distante 2 km da minha casa (até fui de bicicleta) fica no comecinho da Via Fruits Line.
É a plantação do Sr. Shishido, da foto. 
Desde que cheguei a Fukushima compro pêssego e maçã dele. Na frente da casa dele tem uma máquina de venda, onde a gente coloca 200 ienes, abre a portinha e retira a porção de frutas. Mas quando a máquina está vazia, chego na casa e compro direto dele. Sorte minha, porque ele sempre me dá umas a mais.

Sempre passo na frente deste pomar e já estava de olho há tempo: vou ter de parar pra tirar umas fotos antes que ele colha tudo.
Eu cheguei bem na hora do cafezinho e pedi licença pra entrar no pomar pra fotografar.







Nesta época as folhas ficam amareladas e as frutas bem vermelhas, não é lindo?
Estas são as maçãs Fuji.
As maçãs do Sr. Shishido ficam assim:
Aqui no Japão dizemos que este tipo de maçã ”tem mel” e é muito apreciado.
No Brasil diria que a maçã está passada, apodrecendo não é?