terça-feira, 7 de março de 2017

Ouchi-juku (2) 大内宿

Já fiz uma pequena apresentação desta vila Ouchi-juku em Maio de 2014, nossa quanto tempo, logo completa 3 anos.
Em Fevereiro estive lá outra vez porque queria ver a vila coberta de neve.
Vejam o efeito.



Estas lanternas são acesas (colocadas velas) quando realizam o festival de inverno.

Deu pra perceber que o pessoal daqui também gosta deste enfeite colorido de "dango-sashi"? Sim, é bem típico desta região de Aizu.

Em Outubro, vejam como estava a vila.

Aqui, em Ouchi-juku oferecem o "negui-soba", que é comer o soba usando um talo de alho-poró ao invés dos palitinhos de hashi. Não chega a ser gourmet, e também não é fácil de comer, mas apenas pela novidade atrai turistas.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Vivendo no exterior

Estou atrás de informações de como fazer procuração aqui no Japão de marido japonês que seja válido no Brasil. E nesta longa navegada encontrei um site muito interessante.
Já que o acesso a este blog vem na maior parte de fora do Brasil, estas dicas devem ser de grande valia, dicas de como validar diplomas, emissão de documentos, título de eleitor, casamento etc.

Não sei dizer se o site continua alimentado, porém o conteúdo é muito bom.

Dúvidas frequentes para quem vive ou quer viver no exterior


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Dia 3 de Março,Dia das meninas, Hinamatsuri

Quando se fala em Hinamatsuri, logo associamos a este altarzinho com as bonecas e mais algumas comidas típicas.


Mas, aqui em Fukushima é muito comum este outro tipo: Turushibina (infelizmente é uma página só em japonês, mas explica muito bem sobre a origem, significado, os tipos e as regiões do Japão onde esta prática é comum e tem uma galeria de fotos muito bonita).
Outro dia estive na antiga Mansão Sakuma, construída há 270 anos, na Era Edo e doada para a cidade de Fukushima pelos proprietários para que a estrutura seja utilizada nas atividades comunitárias


onde está sendo realizada uma grande mostra de turushibina








É uma exposição muito grande e muito delicada, com participação de várias voluntárias, colecionadoras e simpatizantes da arte.
Mas uma outra coisa que me chamou a atenção foi o enfeite de ramos de pessegueiro. Flores de pessegueiro é o símbolo de Hinamatsuri. 



Nos ramos com pequenos botões florais, elas colocaram botões feitos de tecido, ficou muito bonito e vistoso.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Higashiyama onsen

Ontem fui pela primeira vez no Higashiyama onsen que fica na cidade de Aizu Wakamatsu, uma vila com cerca de 20 hotéis e pousadas.
Nesta época, a região de Aizu está com muita neve.




E fomos no Onyado Toho que além dos planos normais de pernoite com janta e café da manhã, oferece também o plano one day spa, de banho com buffet de almoço ou janta.
O banho com água muito gostosa, muito espaçoso, com uma linda vista panorâmica estava repleta de vários tipos de shampoos, body soaps, cremes, loções etc... um luxo.
E a janta ... o buffet com uma variedade muito grande de saladas, sushi, sashimi, sobremesas, oferecia também os pratos típicos de Fukushima, kozuyu, tempura manjyu, ika-ninjin, ba-sashi (sashimi de carne de cavalo) etc. que nem conseguimos provar tudo.

Mas, o melhor de tudo, foi a companhia, estava com dois amigos brasileiros: Sra C, professora no Brasil e o Sr M, professor em Tokyo, nós três na mesma faixa etária, com a mesma época de aterrissagem no Japão e com muita coisa em comum. Imaginem a felicidade de poder conversar descontraidamente na própria língua e rir, rir, rir.

Foi uma noite especial.

domingo, 22 de janeiro de 2017

Kamasaki onsen, Miyagi-ken

Hoje demos um pulinho até a província vizinha de Miyagi, cidade de Shiroishi pra ir no Kamasaki onsen.
Kamasaki onsen é uma pequena vila de 5 pousadas que já existe há 600 anos.
Olhem o estilo dos prédios, muito bonito e muito conservado.


 






Hoje optamos pela pousada Kimuraya
As fotos abaixo são da página da própria pousada.

A água não muito quente possibilitando ficar bastante tempo sem ficar "cozida" , tinha uma coloração um pouco marrom devido ao teor alto de ferro e um pH neutro, que não irrita a pele.

E depois do banho, já que estávamos em Shiroishi, fomos almoçar U-men, o prato típico de Shiroishi, um macarrão fino feito sem óleo e curto. O fato de não conter óleo, torna o macarrão mais digestível. O fato de ser curto (apenas 9 cm) facilita o preparo, não exigindo panela grande ou funda para o cozimento, e é fácil para comer, evitando respingos ou espirros.
Outra vantagem de ser curto, é o melhor rendimento na fábrica (menos fragmento e menor desperdício) e também menos quebra no manuseio. Explicou-me o senhor do restaurante Yamabuki-tei.





domingo, 15 de janeiro de 2017

Dango-sashi

Que frio!
Olhem o gelo que se formou no vidro da janela.

Não esperava ver isto aqui em Fukushima, mas uma grande frente fria está por aqui, inclusive está nevando numa grande área do Japão.

Hoje tivemos o almoço de confraternização de Ano Novo da nossa comunidade.
Pela primeira vez provei carne de urso. O urso que habita nesta região do Japão é o urso negro asiático (em Hokkaido habita o urso pardo).

Gordura congelada fatiada para comer em forma de sashimi com shoyu e wasabi. Muito bom, não tem odor.
Carne para fazer o sopão, com muita verdura e temperado com shoyu, miso e sake.
O sopão também ficou ótimo.
Sashimi de carne de veado (veado de Hokkaido), também sem odor, carne um pouco consistente mas muito saborosa.

Mas o tema principal de hoje é o Dango-sashi. 
No Inari-Jinja (templo do centro de Fukushima) havia a festa de Dango-sashi e fui dar uma olhada, mas como estava nevando muito e já era de tarde, haviam poucas barracas.

 
Esta é uma tradição da região de Aizu, de colocar bolinhos no galho junto com enfeites em formato oval (ouro), rosto de anjo Ebisu, sacos de arroz, peixe pargo etc para desejar boa safra e proteção.
Foto da página de Aizu-bukeyashiki

Abaixo, algumas fotos do Jinja e arredores.




Depois da visitinha ao Jinja fomos tomar um banho de onsen. 
Fomos no banho comunitário Attaka-yu de Takayu-onsen na periferia da cidade de Fukushima.
Como o gás que vem junto com a água é muito forte, só tem a banheira externa.

A gente precisa se lavar neste frio. Mas o banho é muito gostoso (43 graus) e a gente logo se aquece.
Apesar de ser um banho comunitário, muito barato (250 ienes), a instalação é muito boa, limpa e bem conservada.

Num dia como hoje, o acesso até o onsen que fica no caminho do Monte Azuma Kofuji não é fácil.
O veículo com tração nas quatro rodas sobe, mas encontramos muitos carros parados.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

KOZUYU

Quando estivemos em Aizu Yanaizu, saindo do templo, deparamos com uma barraquinha oferecendo KOZUYU.
Já tinha ouvido falar sobre o KOZUYU, mas ainda não havia provado.
Segundo Wikipedia, na região de Aizu que fica no interior, onde o acesso a frutos do mar fresco era difícil, eram feitos estes pratos usando vieiras secas. O KOZUYU é um prato tradicional do Ano Novo e das cerimônias e rituais, desde o final da Era Edo continuando até os dias de hoje.
O KOZUYU é preparado no caldo da vieira seca com inhame, cenoura, shirataki (konyaku em forma de macarrão cortado no comprimento de 2 a 3 cms), cogumelo shitake etc. temperado com sakê e shoyu e servido em tigela própria, rasa, de cor vermelha, de laca de Aizu.

Comi, gostei mas esqueci de tirar a foto, então vou compartilhar a foto do facebook de FutureFromFukushima.

Kaminoyama-shi, Yamagata-ken

Outro dia estivemos em Yamagata, província vizinha de Fukushima, na cidade de Kaminoyama pra tomar um banho de onsen. Acabamos optando por um banho comunitário (Shimo-ooyu). Tem 7 banhos comunitários e este é o mais antigo.



O prédio atual já tem 60 anos, e olhem a fachada, muito ar de Showa. O vestiário e a banheira também ao estilo 60.
Agora o mais interessante, pelo menos foi a primeira vez que eu vi isto, é a tarifação extra para quem quer lavar o cabelo. O preço para o banho é 150 ienes (muito barato) e para lavar o cabelo é 100 ienes.
Para lavar o corpo, pega-se a água da própria banheira com a bacia.
Para lavar o cabelo, eles lhe dão uma plaquinha 『tarifa de shampoo』e a maçaneta da torneira pra poder usar o chuveiro.
O banho estava um pouco quente pro meu gosto, mas a água era muito suave, sem cheiro, cor ou aspereza ao tato e muito relaxante.

E depois do banho, fomos a procura de comida e olhem o que achamos.

Voces conhecem Konyaku? Já ouviram falar? Já comeram?
É bastante consumido no Japão dentro de cozidos, sukiyakis, sopas, saladas etc.
Ele tem pouco valor nutritivo, mas também pouca caloria e muita fibra, tornando-se num importante ingrediente para quem quer fazer dietas.

Encontra-se nos mercados em forma de blocos ou finos como macarrão, nas cores branca ou escura.





Achamos uma casa especializada em Konyaku, Tanno Konyaku Bancho.


Olhem os pratos!
Quase tudo feito de konyaku.


No sushi, o arroz é arroz, o peixe é de konyaku.
No sorvete italiano, o sorvete é sorvete, a cobertura de blueberry tem os grãozinhos de konyaku.
No prédio vizinho ao do restaurante está a cafeteria onde pode-se tomar sorvete. Fiquei encantada com a vista desta cafeteria, com um lindo verde dos bambus.