quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Higashiyama onsen

Ontem fui pela primeira vez no Higashiyama onsen que fica na cidade de Aizu Wakamatsu, uma vila com cerca de 20 hotéis e pousadas.
Nesta época, a região de Aizu está com muita neve.




E fomos no Onyado Toho que além dos planos normais de pernoite com janta e café da manhã, oferece também o plano one day spa, de banho com buffet de almoço ou janta.
O banho com água muito gostosa, muito espaçoso, com uma linda vista panorâmica estava repleta de vários tipos de shampoos, body soaps, cremes, loções etc... um luxo.
E a janta ... o buffet com uma variedade muito grande de saladas, sushi, sashimi, sobremesas, oferecia também os pratos típicos de Fukushima, kozuyu, tempura manjyu, ika-ninjin, ba-sashi (sashimi de carne de cavalo) etc. que nem conseguimos provar tudo.

Mas, o melhor de tudo, foi a companhia, estava com dois amigos brasileiros: Sra C, professora no Brasil e o Sr M, professor em Tokyo, nós três na mesma faixa etária, com a mesma época de aterrissagem no Japão e com muita coisa em comum. Imaginem a felicidade de poder conversar descontraidamente na própria língua e rir, rir, rir.

Foi uma noite especial.

domingo, 22 de janeiro de 2017

Kamasaki onsen, Miyagi-ken

Hoje demos um pulinho até a província vizinha de Miyagi, cidade de Shiroishi pra ir no Kamasaki onsen.
Kamasaki onsen é uma pequena vila de 5 pousadas que já existe há 600 anos.
Olhem o estilo dos prédios, muito bonito e muito conservado.


 






Hoje optamos pela pousada Kimuraya
As fotos abaixo são da página da própria pousada.

A água não muito quente possibilitando ficar bastante tempo sem ficar "cozida" , tinha uma coloração um pouco marrom devido ao teor alto de ferro e um pH neutro, que não irrita a pele.

E depois do banho, já que estávamos em Shiroishi, fomos almoçar U-men, o prato típico de Shiroishi, um macarrão fino feito sem óleo e curto. O fato de não conter óleo, torna o macarrão mais digestível. O fato de ser curto (apenas 9 cm) facilita o preparo, não exigindo panela grande ou funda para o cozimento, e é fácil para comer, evitando respingos ou espirros.
Outra vantagem de ser curto, é o melhor rendimento na fábrica (menos fragmento e menor desperdício) e também menos quebra no manuseio. Explicou-me o senhor do restaurante Yamabuki-tei.





domingo, 15 de janeiro de 2017

Dango-sashi

Que frio!
Olhem o gelo que se formou no vidro da janela.

Não esperava ver isto aqui em Fukushima, mas uma grande frente fria está por aqui, inclusive está nevando numa grande área do Japão.

Hoje tivemos o almoço de confraternização de Ano Novo da nossa comunidade.
Pela primeira vez provei carne de urso. O urso que habita nesta região do Japão é o urso negro asiático (em Hokkaido habita o urso pardo).

Gordura congelada fatiada para comer em forma de sashimi com shoyu e wasabi. Muito bom, não tem odor.
Carne para fazer o sopão, com muita verdura e temperado com shoyu, miso e sake.
O sopão também ficou ótimo.
Sashimi de carne de veado (veado de Hokkaido), também sem odor, carne um pouco consistente mas muito saborosa.

Mas o tema principal de hoje é o Dango-sashi. 
No Inari-Jinja (templo do centro de Fukushima) havia a festa de Dango-sashi e fui dar uma olhada, mas como estava nevando muito e já era de tarde, haviam poucas barracas.

 
Esta é uma tradição da região de Aizu, de colocar bolinhos no galho junto com enfeites em formato oval (ouro), rosto de anjo Ebisu, sacos de arroz, peixe pargo etc para desejar boa safra e proteção.
Foto da página de Aizu-bukeyashiki

Abaixo, algumas fotos do Jinja e arredores.




Depois da visitinha ao Jinja fomos tomar um banho de onsen. 
Fomos no banho comunitário Attaka-yu de Takayu-onsen na periferia da cidade de Fukushima.
Como o gás que vem junto com a água é muito forte, só tem a banheira externa.

A gente precisa se lavar neste frio. Mas o banho é muito gostoso (43 graus) e a gente logo se aquece.
Apesar de ser um banho comunitário, muito barato (250 ienes), a instalação é muito boa, limpa e bem conservada.

Num dia como hoje, o acesso até o onsen que fica no caminho do Monte Azuma Kofuji não é fácil.
O veículo com tração nas quatro rodas sobe, mas encontramos muitos carros parados.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

KOZUYU

Quando estivemos em Aizu Yanaizu, saindo do templo, deparamos com uma barraquinha oferecendo KOZUYU.
Já tinha ouvido falar sobre o KOZUYU, mas ainda não havia provado.
Segundo Wikipedia, na região de Aizu que fica no interior, onde o acesso a frutos do mar fresco era difícil, eram feitos estes pratos usando vieiras secas. O KOZUYU é um prato tradicional do Ano Novo e das cerimônias e rituais, desde o final da Era Edo continuando até os dias de hoje.
O KOZUYU é preparado no caldo da vieira seca com inhame, cenoura, shirataki (konyaku em forma de macarrão cortado no comprimento de 2 a 3 cms), cogumelo shitake etc. temperado com sakê e shoyu e servido em tigela própria, rasa, de cor vermelha, de laca de Aizu.

Comi, gostei mas esqueci de tirar a foto, então vou compartilhar a foto do facebook de FutureFromFukushima.

Kaminoyama-shi, Yamagata-ken

Outro dia estivemos em Yamagata, província vizinha de Fukushima, na cidade de Kaminoyama pra tomar um banho de onsen. Acabamos optando por um banho comunitário (Shimo-ooyu). Tem 7 banhos comunitários e este é o mais antigo.



O prédio atual já tem 60 anos, e olhem a fachada, muito ar de Showa. O vestiário e a banheira também ao estilo 60.
Agora o mais interessante, pelo menos foi a primeira vez que eu vi isto, é a tarifação extra para quem quer lavar o cabelo. O preço para o banho é 150 ienes (muito barato) e para lavar o cabelo é 100 ienes.
Para lavar o corpo, pega-se a água da própria banheira com a bacia.
Para lavar o cabelo, eles lhe dão uma plaquinha 『tarifa de shampoo』e a maçaneta da torneira pra poder usar o chuveiro.
O banho estava um pouco quente pro meu gosto, mas a água era muito suave, sem cheiro, cor ou aspereza ao tato e muito relaxante.

E depois do banho, fomos a procura de comida e olhem o que achamos.

Voces conhecem Konyaku? Já ouviram falar? Já comeram?
É bastante consumido no Japão dentro de cozidos, sukiyakis, sopas, saladas etc.
Ele tem pouco valor nutritivo, mas também pouca caloria e muita fibra, tornando-se num importante ingrediente para quem quer fazer dietas.

Encontra-se nos mercados em forma de blocos ou finos como macarrão, nas cores branca ou escura.





Achamos uma casa especializada em Konyaku, Tanno Konyaku Bancho.


Olhem os pratos!
Quase tudo feito de konyaku.


No sushi, o arroz é arroz, o peixe é de konyaku.
No sorvete italiano, o sorvete é sorvete, a cobertura de blueberry tem os grãozinhos de konyaku.
No prédio vizinho ao do restaurante está a cafeteria onde pode-se tomar sorvete. Fiquei encantada com a vista desta cafeteria, com um lindo verde dos bambus.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

AIZU-YANAIZU

Na parte oeste da província de Fukushima está a cidade de Aizu-Yanaizu, com uma população de 3500 habitantes. Esta cidade é famosa pelo Awa-manju, um doce de feijão coberto com massa de moti e grãos de painço

  

e pelo templo budista Fukumankoku Zouson Enzouji , um templo muito antigo e lindo, localizado na beira da estrada, encima de um paredão rochoso. Não é permitido fotografar o interior do templo que tem uns pilares magníficos e grandes vigas entalhadas.

(Foto da HP da Associação de Turismo de Yanaizu)

(Novembro de 2013)
(Novembro de 2013)

A não ser em ocasiões como este, quando acontece um grande evento e o templo fica cheio de fotógrafos . . .

É realizado todos os anos no dia 7 de Janeiro o Festival Nanokadô Hadaka Mairi, onde os homens descalços, protegidos apenas com uma faixa de pano sobem correndo a escadaria de pedras, se purificam jogando água gelada no corpo e correm para dentro do templo para subir pela corda utilizada para bater o sino.
Qualquer homem pode se inscrever para participar desta escalada e com isto pedem proteção a doenças e acidentes para o ano que inicia.

sábado, 7 de janeiro de 2017

Hashi, palitinhos

No final de Dezembro, próximo do Natal, fizemos uma pequena viagem e fomos até a província de Toyama e Ishikawa. Em Ishikawa, demos uma esticada até a península de Noto e cidade de Wajima, onde tem a tradicional produção de peças em laca.
E aproveitamos para renovar o nosso hashi.
Um desenho simples mas muito bonito, não é?


Em 1975, o Wajima nuri (trabalhos em laca de Wajima) recebeu a distinção de artesanato tradicional.
O trabalho de laca de Wajima é antigo, foram encontradas peças em laca nas ruínas arqueológicas da península de Noto de 6800 anos. A atual técnica de Wajima nuri foi estabelecida na era Edo entre os anos 1661 e 1672.
E no ato da distinção de artesanato tradicional de Wajima nuri, o Ministério da Indústria e Comércio estabeleceu requisitos para que a peça possa receber o selo de garantia, como por exemplo:
- a laca deve ser natural (não pode ser sintética), 
- as peças devem ser de Zelkova, Katsura (Cercidiphyllum japonicum), Hinoki (cedro ou cipreste), Honoki (Magnolia japonesa de folhas grande) ou madeiras de qualidade equivalente,
- peças em cerâmica devem ser produzidas de forma tradicional e pré-definida,
- o trabalho com a laca propriamente dita deve seguir técnicas tradicionais, etc.

Compramos o hashi no Wajima nuri Kaikan , que estava repleto de objetos e peças lindas .... mas .... caríssimas. Mas, conhecendo o trabalho feito pelos artesãos, peça por peça, detalhe por detalhe, aprendemos a valorizar.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Cenoura gigante de Aomori

Encontrei ontem no supermercado, uma gigantesca cenoura.
É produção da província de Aomori, mede 80 cm de comprimento e pesou quase 700 gramas.
Dando uma pequena pesquisada, dizem que estas cenouras compridas de até 1 m, eram comuns no Japão até a época da guerra (1945). 


Apesar de grande, não é dura nem fibrosa, não está rachada e nem oca por dentro. 
O sabor e o aroma são normais, não são fortes.
Vai dar pra fazer muita salada, refogada, cozida, curry etc.
Não é caro, 198 ienes a unidade.

FELIZ ANO NOVO

No calendário chinês, 2017 é o ano do galo.
Segundo os astrólogos, o galo que representa o amanhecer, o despertar, irá trazer honestidade, coragem, justiça, força e vitalidade.
Viva! Vamos aproveitar esta energia para produzir, para impulsionar um projeto meio encalhado!


RAKUGAN
Rakugan é um dos tradicionais doces japoneses, é um doce muito simples na sua composição, apenas açúcar, amido e corante. E justamente pela simplicidade, a qualidade dos ingredientes e a técnica de produção definem a qualidade do produto final.
Este Rakugan comercializado pela Chidoriya utiliza Wasanbon, um açúcar tradicional japonês, fino como o açúcar de confeiteiro, produzido da cana de Kagawaken através  de técnicas de refinamento aprimoradas no Japão. O doce que aparenta ser um torrãozinho de açúcar derrete na boca espalhando um suave adocicado.
Estes doces que se enquadram entre os doces secos, com grande durabilidade, requintados e caros são muito usados nas cerimônias de chá e também como oferendas.

Vejam que interessante, quando cheguei no Japão, achava este tipo de doce muito doce, comparado aos doces do Brasil. Agora aprendi a apreciar os doces japoneses e acho que de forma geral os doces brasileiros (tortas, chocolates etc.) são extremamente doces.